essa

Quem é Antônio Coutinho (Velho Xaveco)?

Antônio Coutinho, conhecido artisticamente como Velho Xaveco, nasceu em Bezerros, Pernambuco, em 1935. Desde cedo, ele se destacou como um talentoso artista com um vasto repertório musical que inclui frevo, samba e forró. Antes de adotar o nome Velho Xaveco do Pastoril Profano, lançou 5 LPs que ainda são reverenciados na cena musical nordestina, contribuindo como Chaveco da Paraíba e posterior como o Velho de Pastoril Profano Xaveco.

Carreira em São Paulo como Chaveco da Paraíba

Entre 1982 e 1987, Antônio Coutinho, sob o nome artístico Chaveco da Paraíba, passou um período significativo em São Paulo, onde desenvolveu um trabalho como forrozeiro. Em 1985, ele gravou um compacto duplo produzido por Antonio Poderoso e gravado pela Brasidisc. Este álbum, que inclui todas as músicas compostas por ele, destaca-se pela tendência musical da década de 80 de usar letras com duplo sentido, influenciado pelo grande Genival Lacerda. O compacto conta com a participação especial do sanfoneiro Arlindo dos 8 baixos e da cantora Joana Angélica. Canções como “Deixe que o Povo Fale” e “Amor de Cobradora” são exemplos do forró sambado de alta qualidade presente nesse trabalho. reverenciados na cena musical nordestina, contribuindo como Chaveco da Paraíba e posterior como o Velho de Pastoril Profano Xaveco.

chaveco
Sem Título-1
Gravura: J. Borges
 

O Pastoril Profano: Uma Tradição Cultural

O pastoril Religioso se caracteriza em teatro, cantorias e danças que relata a história do nascimento do menino Jesus através das jornadas das pastoras de Belém, esta tradição teve origem em Portugal e foi trazida ao Brasil na época da colonização, ganhou com o passar do tempo força no interior do nordeste do Brasil, a trama sofre adaptações, podendo ser contada de maneiras diferente.

O pastoril profano é uma forma popular derivada do pastoril religioso, originalmente representado por crianças. Antônio Coutinho, ao entrar em contato com essa tradição, começou a explorar o pastoril profano, uma sátira ao pastoril religioso que satiriza o enredo centrado em um “velho” e suas “pastoras”.

Em 1987, na Casa da Cultura do Recife, Antônio Coutinho formalizou sua identidade como Velho Xaveco do Pastoril Profano e desde então dedicou-se a preservar e promover essa tradição cultural. Recebeu diversas homenagens ao longo de sua carreira, incluindo o título de Patrimônio Cultural de Pernambuco em 2021 e o reconhecimento da cidade do Recife durante as celebrações de Natal em 2006.

Galeria de Fotos e trajetória